Igreja Matriz do Salvador de Alcáçovas ou Igreja Matriz de Alcáçovas, adro e cruzeiro
Arquitectura religiosa, manuelina. Elemento típico do manuelino meridional, integrável num amplo universo de templos salão de marcada presença mudéjar, que emprestam à paisagem o aspecto pitoresco da sua cobertura coroada de coruchéus cónicos.Enquadramento: Urbano, em cota relativamente elevada, dentro da pequena cerca do Castelo de Viana do Alentejo, adossada ao paramento da muralha e harmonizada com a envolvência.Descrição: Edifício de planta rectangular regular, constituído pela articulação horizontal, no sentido O-E, de ampla nave com abside minúscula ladeada por dois absidíolos. Cobertura homogénea para os elementos diferenciados, em telhado de duas águas estruturado pela intersecção da projecção de um telhado em cota inferior com um telhado em cota superior, individualizando as naves laterais.A fachada principal, marcada pelas linhas de intersecção da projecção dos dois telhados, de remate triangular, é rasgada por amplo pórtico de painel, manuelino, e por pequeno lume de fresta de arco em volta perfeita; 2 elegantes gigantes apilastrados marcam os 3 registos horizontais definidos pelas respectivas naves, marcadas ainda por coruchéus cónicos nos seus cunhais. A fachada N. é definida pela articulação horizontal dos tramos interiores da respectiva nave, correspondendo no exterior a gigantes de reforço rematados por coruchéus cónicos, em 2 estratos sobrepostos, correspondentes aos dois telhados projectados; entre os gigantes, elegantes frestas de iluminação das naves. Pelo interior o templo, tipo salão, estrutura-se em 3 naves de 5 tramos, com a abside quase encaixada no paramento E. Poderosos pilares de secção hexagonal suportam as ogivas artesoadas da cobertura Utilização Inicial: CultoUtilização Actual: CultoPropriedade: Pública. Estatal Época Construção: séc. 16 Arquitecto/Construtor/Autor: Diogo de Arruda (atr. SANTOS, 1952, p. 39 e segs) Cronologia: séc. 16, início - fundação. Tipologia: Arquitectura religiosa, manuelina. Elemento típico do manuelino meridional, integrável num amplo universo de templos salão de marcada presença mudéjar, que emprestam à paisagem o aspecto pitoresco da sua cobertura coroada de coruchéus cónicos, muito semelhante na sua ampla abertura interior à Igreja Matriz de Pavia (070704004) Características Particulares: Magnífico portal em mármore, de aspecto um pouco rústico no tratamento de pormenor, mas notável pela composição, em que abundam alusões à actividade pastoril, lobos carneiros, tosquias, etc. Dados Técnicos: Estrutura mista Materiais: Alvenaria, mármore (portal e elementos secundários), granito (elementos secundários)Bibliografia: SANTOS, Reynaldo dos, O estilo manuelino, Lisboa, 1952; ESPANCA, Túlio, Igreja Matriz de N. Sra. da Anunciação de Viana do Alentejo, in A Cidade de Évora, n. 60, 1972; ESPANCA, Túlio, Distrito de Évora, Concelho de Viana do Alentejo, in Inventário Artístico de Portugal, Vol. XIX, SNBA, 1978; DIAS, Pedro, A Arquitectura Manuelina, Porto, 1988. Documentação Fotográfica: DGEMN Intervenção Realizada: 1943 - restauro geral e reparo das coberturasVitrais da Igreja Matriz de Viana do AlentejoOs dois vitrais existentes na Igreja Matriz de Viana do Alentejo resultaram do desmembramento do vitral que representa São Pedro, aquando do último restauro efectuado por Ricardo Leone. Concluíram os responsáveis pelo restauro que a metade superior, que representa São Pedro, não correspondia à metade inferior que parecia ou poderia representar São João. Na sua oficina de Lisboa, Leone completou as duas metades, assim resultando dois painéis: São Pedro e São João. A parte antiga dos vitrais deve ser primitiva e pertencer à primeira década do século XVI.Nada nos surpreenderá se mais tarde se concluir ser a figura de São Pedro obra do mestre Francisco Henriques, autor dos vitrais da Igreja de São Francisco, em Évora, da primeira década do século XVI, e hoje totalmente desaparecidos.Vitral de São Pedro séc. XVI A figura do santo, de vestes de cor verde e manto vermelho rubi, recorta-se sobre um fundo branco com desenho a grisalha realçada com "jaune d`argent". Somente a metade superior do vitral e as armas reais são originais (1,50 x 0,70 m).Vitral de São João Baptista séc. XVIA figura do santo, de vestes de cor verde-claro e manto vermelho rubi, recorta-se sobre um fundo branco com desenho a grisalha realçada com "jaune d`argent". www.cm-vianadoalentejo.pt/pt/conteudos/o%20concelho/histo...See where this picture was taken. [?]
Data: 24 de março de 2013, 15:15
Autor: Vitor Oliveira
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