Estação arqueológica de Monte Molião

Categoria: Arqueologia > Povoado

Distrito: Faro > Lagos > São Sebastião

História Antiga

O Monte Molião remonta à segunda Idade do Ferro, por volta do século IV a.C.

Povoado Fortificado

O local consiste em um castro ou povoação fortificada, com estruturas residenciais e uma grande muralha.

Importância Romana

Durante o período romano, o Monte Molião foi intensamente ocupado e teve uma significativa relevância.

Diversos artefatos foram encontrados, incluindo fragmentos de cerâmica, moedas romanas e uma estátua de bronze do deus Mercúrio.

Cisterna

Destaca-se uma cisterna elíptica com 4,35 metros de profundidade, 1,76 metros de largura e 6,8 metros de comprimento.

Localização Privilegiada

O Monte Molião proporciona uma vista privilegiada sobre a Ribeira de Bensafrim, o que facilitava a defesa e a vigilância da região.

Possível Antiga Cidade de Lacóbriga

Acredita-se que o Monte Molião seja o local da antiga cidade de Lacóbriga, mencionada por geógrafos da antiguidade.

Espólio

O sítio arqueológico revelou uma riqueza de aproximadamente 25 mil peças, incluindo cerâmica, artefatos de metal e vidro, e restos de animais marinhos.

Abandono Gradual

Com o tempo, o Monte Molião foi perdendo importância habitacional à medida que a cidade de Lagos se desenvolvia na margem oposta.

Redescoberta

No século XIX, o arqueólogo Estácio da Veiga redescobriu o Monte Molião durante a produção da Carta Arqueológica do Algarve.

Foram encontradas várias estruturas, incluindo uma cisterna, vestígios de muros e objetos como cerâmica e uma estátua de bronze do deus Mercúrio.

Descobertas de moedas romanas, incluindo um denário em prata da família Titúria.

Monte Molião era ocupado por explorações agrícolas durante as pesquisas.

Escavações no início do século XX revelaram uma necrópole romana no local.

Sepulturas encontradas, orientadas de norte a sul, com tégulas verticais suportando as paredes.

Descobertos artefatos como unguentários de vidro, vasos funerários romanos, placa de barro com pequenos buracos, utensílios de ferro, pregos e uma argola em ouro.

Presença de telhas a cobrir o solo das sepulturas.

Parte do sítio arqueológico, incluindo a necrópole romana, foi destruída devido a obras na Estrada Nacional 125.

Em parceria com a Universidade de Lisboa, foram realizadas escavações no Monte Molião a partir de 2006.

Descobertas evidências da presença pré-romana, com vestígios de edifícios, ruas e moedas do período imperial romano.

Encontrados restos de edifícios do período republicano romano nos séculos II e I a.C.

Descobertos vestígios de habitação da Idade do Ferro, incluindo restos de animais marinhos e fragmentos de cerâmica grega e norte-africana.

Visitas e Centro de Interpretação

O local está aberto para visitação e a autarquia de Lagos planeja a construção de um centro de interpretação no futuro.

Importância Cultural

As ruínas do Monte Molião são consideradas um ex-libris da cidade de Lagos e foram classificadas como Imóvel de Interesse Público em 1992.

Fontes: https://pt.wikipedia.org/wiki/Estação_Arqueológica_de_Monte_Molião

Licença: https://creativecommons.org/licenses/by-sa/4.0/deed.pt