Categoria: Arquitetura civil > Palácio
As ruínas estão localizadas em Estói, no município de Faro, em Portugal. Situam-se no Cerro do Guelhim, na margem esquerda do Rio Seco, próximo à Serra de Monte Figo.
Acesso pela estrada secundária entre Faro e São Brás de Alportel.
As ruínas são um conjunto arqueológico significativo em Portugal, composto principalmente pela rica villa romana de Sambada ou Sambata, com termas associadas, além de templos, mausoléus e estruturas comerciais e industriais.
As termas são famosas tanto em Portugal quanto no exterior, destacando-se também o templo e os painéis de mosaicos encontrados nas ruínas.
A villa foi habitada desde o século I e passou por várias modificações ao longo dos séculos. O templo pagão, construído no século IV, foi posteriormente utilizado por religiões cristãs e muçulmanas.
As ruínas foram classificadas como Monumento Nacional em 1910 devido à sua importância arqueológica e histórica.
O complexo inclui uma villa urbana com termas e um templo, além de estruturas agrícolas como uma adega, um lagar de azeite e residências para servos. Os edifícios foram construídos em terraços devido ao terreno inclinado.
O complexo segue um plano comum nas villas romanas, com a villa principal cercada por edifícios de apoio, como oficinas e residências térreas. O complexo era atravessado por uma estrada pavimentada de lajes irregulares, seguindo o conceito romano do Decúmano.
O complexo arqueológico possui um centro de interpretação que oferece informações e suporte aos visitantes.
A villa de Milreu era composta por uma grande casa residencial de uma família romana rica, em conjunto com um edifício termal. A casa possuía um átrio central, um peristilo com colunas e mosaicos coloridos, e salas destinadas a quartos, áreas de estar e um triclínio.
As ruínas revelam a arquitetura, o estilo de vida e as influências culturais da época romana em Portugal, proporcionando aos visitantes uma visão única do passado histórico da região.
O destaque das ruínas é o templo, que possui uma estrutura períptera comum nos edifícios do final do Império Romano. Tem aproximadamente 32,50 metros de comprimento e 25 metros de largura, com uma altura de mais de 10 metros. O templo era dedicado aos deuses pagãos e possuía um santuário na abside, que era considerada a área mais importante do templo.
O templo foi construído com tijolos e barro cozido, decorado com óvulos, cordões e dentículos. O pódio do templo apresenta painéis de mosaicos policromados, sendo o único exemplo importante na Península Ibérica de um mosaico ao ar livre. Os mosaicos cobriam as paredes e o chão do templo, da casa e das termas, representando principalmente motivos marítimos.
O templo possuía dois claustros, um superior e outro inferior, que eram decorados com mosaicos. No claustro inferior, foram encontradas bases de três colunas e sepulturas organizadas. No claustro superior, foram descobertas inscrições muçulmanas datadas do século IX, pedindo misericórdia para os membros falecidos da família.
Dentro do templo, havia uma divisão com uma piscina ou baptistério de forma hexagonal, revestida com mármore branco e lâminas de mármore polido. Próximo à piscina, foi descoberto um jazigo com ossos humanos. Também foi encontrado um ossário na abside, separado por uma muralha, que continha os ossos de pelo menos dois cadáveres.
Em frente à entrada do templo, há um tanque semicircular, identificado como um lavacrum. Este tanque era decorado com mosaicos marinhos nas paredes internas, representando ouriços-do-mar, peixes e outros elementos.
Os painéis de mosaicos nas ruínas de Milreu são conhecidos por sua beleza e atenção aos detalhes. Representam principalmente motivos marítimos, como golfinhos, mexilhões, chernes, lulas e ouriços-do-mar. Alguns mosaicos retratam cenas de combates entre seres marinhos fantásticos.
Domínio romano na Península Ibérica e a importância da região do Algarve.
Construção e expansão das ruínas romanas de Milreu.
Fases de modificação e ampliação ao longo dos séculos.
O elevado nível cultural, social e económico na província da Lusitânia.
Localizado na localidade de Estói, concelho de Faro, em Portugal.
Acesso pela estrada secundária entre Faro e São Brás de Alportel.
Parte do XXI Itinerário de Antonino, uma importante via de comunicação romana.
Grande complexo arquitetónico com vestígios de mansões romanas.
Destaque para as termas, o templo, o peristilo central com colunas e o pátio com jardim e tanque de água.
Mosaicos coloridos com motivos marinhos.
Presença de bustos representando membros da família imperial romana.
Declínio da civilização romana no século IV.
Invasões germânicas e visigóticas na Península Ibérica.
Ocupação muçulmana e posterior abandono do complexo.
Ocupação após a Reconquista cristã do Algarve, séculos XIII a XV.
Construção da casa rural sobre as ruínas romanas.
Ruínas conhecidas desde o século XVI.
Escavações em 1877 por Estácio da Veiga.
Identificação errónea como a antiga cidade de Ossónoba.
Considerado um dos mais importantes núcleos arqueológicos da cultura romana em Portugal.
Alguns artefactos e mosaicos preservados no Museu de Faro.
Algumas estruturas desaparecidas ou encobertas após as escavações originais.
Importância da proteção e preservação do património histórico e arqueológico.
Fontes: https://pt.wikipedia.org/wiki/Pal%C3%A1cio_de_Est%C3%B3i
Licença: https://creativecommons.org/licenses/by-sa/4.0/deed.pt
Coordenadas DD: 37.0966913,-7.8954172
Coordenada DMS: 37°05'48.1"N 07°53'43.5"W