Categoria: Arquitetura civil > Aqueduto
Distrito: Lisboa > Odivelas > Caneças
O Aqueduto das Águas Livres foi mandado construir em 1731 pelo rei D. João V, com o objetivo de abastecer a cidade de Lisboa, que sofria com a falta de água suficiente para toda a população. A sua construção começou em 1732 e prolongou-se até 1799, atravessando os reinados de D. José e D. Maria I.
A obra visava resolver o problema da escassez de água em Lisboa, que obrigava muitos habitantes a deslocarem-se até o rio Tejo para obter água. O aqueduto permitiu trazer água de fontes mais distantes para a cidade.
Os responsáveis pelo projeto foram os arquitetos Manuel da Maia e Custódio Vieira, que desenharam um sistema composto por um aqueduto principal (nas Amoreiras) e vários aquedutos subsidiários que reforçavam o abastecimento de água à capital.
Em Caneças, na segunda metade do século XVIII, foram construídos quatro aquedutos subsidiários, aproveitando as nascentes locais para contribuir ao abastecimento de Lisboa. Estes aquedutos são: o Aqueduto do Olival do Santíssimo (o principal), e os aquedutos do Poço da Bomba, Vale da Moura e Carvalheiro.
Os aquedutos de Caneças foram desativados na década de 1970 devido à diminuição do volume das nascentes e à piora na qualidade da água.
Apesar de já não estarem em funcionamento, os aquedutos de Caneças fazem parte do património histórico da região e representam a importância das nascentes locais no abastecimento de Lisboa em séculos passados.
O turista interessado na história do abastecimento de água de Lisboa pode explorar Caneças, onde ainda se podem ver vestígios destes antigos aquedutos, que são marcos históricos da ligação entre a região e a capital.
Localizada em Caneças, a Mãe d'Água Velha tinha como função recolher e armazenar a água que vinha da nascente das Águas Livres. Este reservatório tem uma forma cilíndrica e cerca de 6 metros de diâmetro, sendo um ponto de armazenagem importante antes de a água seguir para o aqueduto.
Com a expansão do sistema de captação de água do aqueduto principal, surgiu a Mãe d'Água Nova. Este reservatório recebia água dos aquedutos do Carneiro e da Quintã, e a partir daí, uma galeria levava a água até se juntar ao Aqueduto das Águas Livres, a 425 metros de distância.
Ambos os reservatórios (Mãe d'Água Velha e Nova) faziam parte de um sistema estratégico para garantir o abastecimento constante de água a Lisboa, aproveitando as nascentes de Caneças e a rede de aquedutos subsidiários da região.
Fontes: https://pt.wikipedia.org/wiki/Aqueduto_das_Águas_Livres
Licença: https://creativecommons.org/licenses/by-sa/4.0/deed.pt
Coordenadas DD: 38.817465555895794,-9.238360280468576
Coordenada DMS: 38°49'2.9"N 09°14'18.1"W