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Ermida de São Julião

Categoria: Arquitetura religiosa > Ermida

Distrito: Lisboa > Mafra > Carvoeira

Localização

A Ermida de São Julião está situada na Carvoeira, no concelho de Mafra, num ambiente tranquilo e afastado, no alto da arriba, sobre uma fenda geológica.

História

Este templo data provavelmente do século XVI, embora o culto a São Julião neste local possa ser ainda mais antigo. Ao longo dos anos, muitos romeiros vieram até aqui em peregrinação, pernoitando nas modestas habitações que cercam a ermida. O famoso ermitão Mateus Álvares, que se fez passar por D. Sebastião, está associado a este local.

Arquitetura

A ermida apresenta uma planta longitudinal composta por uma galilé, uma nave, uma capela-mor, uma sacristia e alguns anexos. As fachadas são brancas com detalhes azuis, refletindo um estilo neoclássico. No interior, o coro alto assenta em colunas toscanas e há um púlpito quadrangular, um arco triunfal perfeito apoiado em pilastras toscanas, além de retábulos de talha policromada maneirista e um retábulo-mor executado segundo princípios tardo-barrocos.

Interior

As paredes interiores estão revestidas com azulejos que narram a vida de São Julião e de Santa Basilissa, martirizados no início do século IV. O altar destaca as imagens dos santos, e o espaço inclui um baptistério.

Cruzeiro

À frente da ermida, encontra-se um cruzeiro em calcário com inscrições e um painel de azulejo que, apesar de estar degradado, é digno de apreciação.

Círio da Água-Pé

Este evento religioso é uma celebração importante que atrai muitos visitantes todos os anos.

Caminho das Almas

Este percurso é como uma Via Sacra que liga a Ermida de São Julião ao cemitério da Carvoeira. Composto por cinco cruzeiros datados entre os séculos XVIII e XIX, este caminho foi provavelmente concebido para recordar as almas que sofreram neste território, proporcionando um momento de reflexão e espiritualidade.

Acesso

O acesso é feito por uma galilé coberta, criando uma atmosfera acolhedora.

Importância cultural

A ermida e o caminho têm um grande significado na cultura local, representando a fé e a história da região, tornando-se pontos de interesse para quem visita Mafra.

Licença: https://creativecommons.org/licenses/by-sa/4.0/deed.pt

Ermida rural de pequena dimensão e feição rustica, construída no século 18 no local de um possível ermitério quinhentista. Apresenta uma planta poligonal, conseguida pela articulação axial de três pequenos corpos retangulares, correspondentes à galilé, à nave única e à capela-mor profunda, mais estreita, com sacristia adossada à esquerda. Fachadas rebocadas e caiadas de branco, e, à exceção das fachadas da galilé, percorridas por faixa azul e flanqueadas por cunhais pintados da mesma cor, todas rematadas em friso e cornija. A fachada principal, orientada a sudoeste, é precedida por galilé fechada, apenas aberta lateralmente, a sul, rematada em empena triangular, apresentando no cunhal do lado direito um relógio de sol cúbico. O interior da galilé apresenta um revestimento murário a painéis de azulejo policromos, neoclássicos, da segunda metade de Setecentos, representando motivos vegetalistas, sob moldura de cercadura azul e sobre alto rodapé de esponjados, com almofadas marmoreadas a amarelo e rosetões centrais. Na parede nascente, fachada principal da ermida, envolvido na decoração azulejar encontra-se o portal de acesso à nave, em cuja verga se encontra inscrita a data da campanha construtiva (1758) e, ao centro um emblema formado por uma coroa, atravessada por uma palma e uma espada. Por cima, uma cartela em azulejo exibe a figuração dos patronos da ermida, São Julião e Santa Basilissa. O interior, de nave única e capela-mor, com coberturas diferenciadas de madeira em masseira, apresenta as paredes murárias totalmente preenchidas com painéis de azulejo figurativo barroco, em três registos, numa iconografia que reflete a sua dedicação a São Julião e a Santa Basilissa, cujos episódios são identificáveis por cartela com legenda. As molduras denotam a linguagem neoclássica, com uma ornamentação mais leve e delicada. Ainda na nave encontra-se um púlpito de madeira e o coro, assente sobre mísulas de cantaria. Por fim, na capela-mor, salienta-se o retábulo com as imagens estofadas de São Julião e Santa Basilissa. Uma última referência para a sacristia, cujo revestimento azulejar azul e branco deverá ser anterior ao da nave, e representa episódios da Paixão de Cristo. www.monumentos.gov.pt/Site/APP_PagesUser/SIPA.aspxid=3165

Coordenadas DD: 38.93536726425172,-9.419685238000108
Coordenada DMS: 38°56'7.3"N 09°25'10.9"W

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