Igreja de São João de Tarouca

Categoria: Arquitetura religiosa > Igreja

Distrito: Viseu > Tarouca > São João de Tarouca > Couto

Localizado na encosta da serra de Leomil, sobranceiro ao vale do rio Varosa, encontra-se a majestosa Igreja de São João de Tarouca, no distrito de Viseu. Classificada como Monumento Nacional em 1956, juntamente com o que restou do mosteiro em 1978, esta igreja foi o primeiro mosteiro da Ordem de Cister no país, fundado por volta de 1140, pertencendo à filiação do Mosteiro de Claraval da França, criado por S. Bernardo em 1115.

Após a vitória de D. Afonso Henriques contra os mouros na batalha de Trancoso em 1152, foi lançada a primeira pedra da igreja conventual. No século XVI, foram construídos um novo dormitório e a torre sineira, com a última fase das obras de ampliação do mosteiro a decorrer no início do século XIX. No entanto, a maior parte dos edifícios regulares foi demolida após a extinção das Ordens Religiosas em 1834.

Em 1938, procedeu-se à restauração dos retábulos, nomeadamente o de São Pedro atribuído a Gaspar Vaz. A pintura do Arcanjo São Miguel, também atribuída ao mesmo artista, foi restaurada nos anos oitenta do séc XX.

A Igreja do Mosteiro de São João (Baptista) de Tarouca apresenta uma planta cruciforme com elementos do românico e do gótico, e um portal renascentista. O frontispício tem o pano de fundo dividido por duas pilastras salientes, coroadas por pináculos assentes em capitéis, com um portal de verga reta no pano central e duas janelas ladeando a imagem e o escudo. Internamente, a igreja é dividida em três naves, sendo a central mais elevada, com altares de talha dourada contendo retábulos de pintura sobre madeira.

Os trabalhos de construção foram inspirados nos preceitos da escola românica cisterciense de origem borgonhesa, com a nave central a parecer única, enquanto as laterais se assemelham a capelas comunicantes. Na igreja, encontra-se ainda o mausoléu gótico de Dom Pedro Afonso, Conde de Barcelos, filho de Dom Dinis.

A igreja da São João de Tarouca é uma paragem obrigatória para quem aprecia arte e história. A sua beleza arquitetônica é de tirar o fôlego, e é um excelente exemplo da arquitetura românica cisterciense em Portugal. É uma visita que não desilude e que ficará na memória dos turistas.

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